Capitulo 3 - Morte da primeira esposa e um novo casamento

      Todos foram muito bem sucedidos com a mudança para Itajubá.

      O José Pinto e Firmina, que adquiriram uma fazenda na fazenda Tamanduá, na beira do córrego cachoeirinha, começaram a derrubar matas para o plantio e formar pastagens.

       José Firmino e Divina conseguiram uma boa fazenda. No córrego seco construíram uma casa com todas as benfeitorias plasto para manter o gado, paiol para guardar os mantimentos, mangueira para criar porcos, que era para a carne e o óleo usado nas comidas, a galinha caipira para ter os ovos e o frango para ter a carne com muitas outras benfeitorias.  E o engenho de moer cana, para fazer rapadura e açúcar.

      Em 1944, o João Firmino continuava morando na fazenda do senhor Antônio Galvão. José Firmino lhe fez um segundo convite para ele ir morar em sua fazenda no Córrego Seco. O primeiro convite tinha sido em 1940, no Carmo do Paranaíba, para ele lhe acompanhar para Goias e que foi muito bem aceito. O ultimo convite também foi aceito. Para onde ele iria morar poderia criar gado, porcos, galinhas e ter também espaço par os animais de montaria.

      Em 24 de setembro do ano seguinte, 1944, nasce o quinto filho do casal, uma moça, Laura Maria da Silva,  tendo como padrinhos de batismo seus tios João Firmino e Sebastiana.

Sebastiana e João Firmino
De crisma a madrinha foi uma jovem, Elizia Rodrigues da Cunha, filha do senhor Antônio Galvão e Dona Divina.
   Tudo continuava muito bem,  no período da seca, era também época de moagem da cana de açúcar para fazer rapadura e o açúcar de forma, hoje conhecido por açúcar mascavo.

    Em 6 de julho de 1946 foi mais um grande dia para aquela família, nasce o sexto e ultimo filho do casal, uma moça, a Ilda Maria de Oliveira. Seus padrinhos de batismo foram José Miranda e a esposa, dona Maria Miranda . A madrinha de crisma foi sua prima, Geni Alves de Oliveira, filha de Firmina e José Pinto. Tudo era só alegria para aquela família.

   Mas destinado por Deus, após quatorze anos de muito trabalho,  muitas alegrias, veio um momento de muita tristeza para toda família. Divina foi acometida de malária. Nesta região, não tendo muitos recursos médicos, ela foi levada para o oriente eterno em fevereiro de 1947. Foi encerrado assim aquele sonho que começou no dia de seu casamento, em 20 de setembro de 1933, na fazenda Boa Esperança, cabeceiras do córrego Taboca, de propriedade de seu sogro, o Guilhermino.


O José Firmino e a Divina, tiveram seis filhos

1° Brasilina Maria Alves - 11 de fevereiro de 1936
2° João José de Oliveira - 05 de março de 1938
3° Jair José de Oliveira - 13 de setembro de 1939
4° Maria Conceição de Oliveira - 30 de agosto de 1942
5° Laura Maria da Silva - 24 de setembro de 1944
6° Ilda Maria de Oliveira Vargas - 06 de julho de 1946


  José Firmino ficando com seis filhos pequenos, sendo que a mais velha estava com dez anos e onze meses a mais nova com sete meses de idade. Mas sendo tudo encaminhado por Deus, tudo vai acontecendo para chegar a um momento melhor.
   Neste mesmo ano mudou-se para a cidade de Iporá o Senhor José Bento e toda sua família. A sua filha Leopoldina, uma jovem senhora que também destinada por Deus tinha ficado viúva com três filhos pequenos, o mais velho com sete anos e a mais nova com um ano de idade.

A Leopoldina Maria de Jesus, nasceu no dia 05 de janeiro de 1921. Filha de José Bento de Oliveira e Ana Maria de Jesus. Ela também tinha ficado viúva em Goiânia no ano de 1946, antes de usa mudança com seu pai para Iporá.

 Eles se conheceram e casaram em 30 de novembro de 1947. Com a união dos dois formaram um total de nove filhos, todos pequenos e todos precisando de apoio dos pais.

Os filhos de Leopoldina:

José Lourenço Ribeiro - 15 de março de 1940.
Lurdes Ribeiro dos Santos - 24 de abril de 1945.
Ana Lourenço Rabelo (Nitinha) - 14 de junho de 1946.

    Mesmo com tudo acontecendo José Firmino pensando nos seus filhos, e nos filhos de seu vizinho, providenciou uma escola em 1948 para atender todas as crianças da região.

    Em 1948 as coisas foram tomando rumo. Aquela nova família formada estava em fase de adaptação. Para eles era um novo começo. E em 18 de outubro nascia o primeiro filho do novo casal. Foi o Antônio José de Oliveira.


    Na fazenda a rotina era a mesma, criando gado, cavalos, porcos, carneiros, também tocando roças fazendo pastagens e entre safra a moagem de cana para a fabricação da rapadura e o açúcar de forma, trabalho feito para a fazenda e para todos os vizinhos.

    Em 25 de novembro de 1950 foi com muita alegria que receberam o segundo filho do casal, Divino José de Oliveira.

Os filhos de José Firmino do primeiro casamento,
os do primeiro casamento da segunda esposa dele,
e os dois mais novos, fruto do casamento dos dois.
     A escola criada em 1948, não estava atendendo as necessidades de todos os alunos, alguns já estavam alfabetizados e precisando de uma escola melhor.
      Em 1953,  José Firmino, junto com  seu irmão João Firmino e outros da região, resolveram levar seus filhos para estudar em um colégio interno na cidade de Araguaiana, Mato Grosso

. O período escolar era de Fevereiro a Novembro de cada ano. E nesse intervalo eles voltavam para casa. O percurso era feito a cavalo gastando três dias, a noite dormia em redes, normalmente em varandas das fazendas em beiras de estradas, já previamente programados. Da casa de José Firmino foi João José de Oliveira, Jair José e José Lourenço.

Da casa de João Firmino foi Aldo e Maria Madalena "Nenzica'. De Iporá e também de Israelândia tinha outros alunos que também estudava no colégio. A partir de 1954 passou ir para o Colégio os sobrinhos da Divina,  a primeira esposa de José Firmino, eles moravam na região da Cidade de Córrego do Ouro, indo também de a cavalo.